Em 2012, houve 7.037.688 matrículas no ensino superior brasileiro. O
número é 4,4% superior ao de 2011, segundo os dados do Censo da Educação
Superior divulgados nesta terça-feira (17) pelo MEC (Ministério da
Educação). O crescimento é menor que o alcançado entre 2010 e 2011, que foi de 5,65%.
De acordo com o órgão, há 2.416 instituições de ensino superior no país.
A maior parte das vagas ainda está em instituições privadas (5.140.312
matrículas). Das matrículas em universidades públicas, 1.087.413 foram
em universidade federais, 625.283 foram em estaduais e 184.680 em
municipais.
No entanto, as matrículas cresceram mais em instituições públicas: 7%,
frente ao crescimento de 3,5% das matrículas em privadas.
Em coletiva, o ministro Aloizio Mercadante destacou que em 10 anos o
número de matrículas efetuadas na rede pública cresceu 74%. "Isso mostra
que o ensino público está crescendo no Brasil. E é assim que deve ser",
diz.
Na pós-graduação, a situação se inverte e o ensino público domina. Das
203.717 matrículas abertas, 172.026 foram no ensino público e 31.691 no
ensino privado. "Esses números também mostram que o ensino público ainda
domina o mestrado e doutorado", afirmou.
Dos alunos matriculados na graduação, 67,1% estão em cursos de
bacharelado, outros 19,5% estão em licenciatura e 13,5% fazem cursos
tecnológicos. "Temos que destacar que o setor que mais cresceu no ensino
superior foi o tecnológico. Estamos buscando aumentar ainda mais com o
lançamento de um programa nesta quarta (18)", disse Mercadante.
Presencial e a distância
O ritmo de crescimento no número de matrículas de ensino superior a
distância foi mais forte do que o de cursos presenciais. Em 2012, as
matrículas em cursos a distância aumentaram 12,2%, enquanto nos
presenciais, 3,1%.
Contudo, 84,2% dos alunos matriculados no ensino superior continuam nas
salas de aula presenciais. Apenas 15,8% estão matriculados em cursos a
distância.
As universidade privadas ainda são maioria no ensino a distância. 83,7%
dos alunos está no ensino pago. Dos cursos EAD, 72,1% estão dentro de
universidades. Para o ministro, esse dado aponta para a qualidade da
expansão do ensino a distância. "O mais importante é garantir a
qualidade", disse.
Atraso na divulgação
O MEC atrasou a divulgação dos dados do censo. Inicialmente, os dados
seriam divulgados no dia último dia 9, mas o Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo estudo, publicou
portaria adiando o prazo para a última segunda-feira (16). A informação
só foi divulgada em coletiva com o ministro Aloizio Mercadante nesta
tarde.
As assessorias de imprensa do MEC e do Inep foram questionadas sobre a
razão do atraso, porém a solicitação não foi respondida até o momento.
Fonte: Uol Educação
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