
Segundo as investigações da Polícia Civil, integrantes do grupo
criminoso denominados "pilotos" faziam a prova - para garantir o índice
de 75% de acerto das questões - e deixavam rapidamente os locais dos
exames, fornecendo o gabarito aos chefes da organização que, por sua
vez, o repassavam aos candidatos, via SMS ou ponto eletrônico.
A operação policial, chamada Hemostase, levou ao indiciamento de 36
pessoas por envolvimento em fraudes no vestibular de medicina em
faculdades particulares mineiras e fluminenses. De acordo com o delegado
de Caratinga, Fernando José Barbosa Lima, que presidiu o inquérito,
quando constatada a possível fraude no Enem, o caso foi imediatamente
repassado à Polícia Federal, que deve conduzir as investigações.
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) , responsável pelo Enem, informou que "está
acompanhando, juntamente com a Polícia Federal, os desdobramentos da
Operação Hemostase, deflagrada no início de dezembro pela Polícia Civil
de Minas Gerais. Até o momento, de acordo com a Polícia Federal, não
existe qualquer elemento que indique, mesmo de forma pontual, que
qualquer candidato tenha sido beneficiado".
A autarquia acrescenta: "O Inep reforça que as investigações devem
ocorrer com todo rigor necessário. Conforme prevê o edital do exame, os
candidatos identificados, que tiverem utilizado aparelhos eletrônicos
durante as provas, serão eliminados".
O Enem 2013 foi aplicado em mais de 1,1 mil cidades brasileiras.
Mais de 5 milhões de candidatos fizeram o exame. A prova está sendo
corrigida e a divulgação do resultado está prevista para janeiro.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário