O conhecimento é um tesouro, mas a prática é a chave para alcança-lo. (Thomas Fuller)

sábado, 31 de agosto de 2013

Obama diz em discurso que atacará a Síria, mas esperará apoio do Congresso

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou em um discurso à imprensa na Casa Branca nesse sábado (31) que o país deverá atacar militarmente a Síria, embora ele ainda esteja buscando apoio do Congresso americano, que se encontra em recesso até o dia 9 de setembro. A intervenção militar se deve, segundo Obama, às denúncias de uso de armas químicas pelo governo do presidente sírio Bashar al-Assad.

Em seu discurso, Obama disse que os EUA estão preparados para atacar. "Nós estamos preparados para atacar, em qualquer momento que escolhermos", afirmou Obama. "Não vai ser uma intervenção por terra, não vamos colocar nossas botas no chão". Ele também não especificou quando o ataque ocorrerá, apenas dizendo que poderá ser "amanhã, daqui uma semana ou daqui um mês".

Obama não esperará pela aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU) para iniciar o ataque. A intervenção militar também não teve aprovação do Parlamento britânico. Ontem, o presidente francês, François Hollande, demonstrou o seu apoio ao ataque e disse que a rejeição britânica não vai alterar a posição de Paris. "A França quer uma ação firme contra o regime de Damasco", declarou. Hollande também disse que a intervenção pode começar na próxima quarta-feira (4).

PERITOS

Uma equipe da ONU formada por 13 inspetores, que esteva na Síria para investigar as denúncias de uso de armas químicas pelo governo da Síria, saiu hoje do país e já se encontram no Líbano. Os peritos chegaram ao país na manhã de hoje em seis veículos com o símbolo das Nações Unidas e estavam escoltados por vários carros das forças de segurança libanesas.

A equipe da ONU, formada por 13 inspetores, fará um relatório sobre o que apurou na Síria e, se for necessário, o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, poderá informar, neste fim de semana, o Conselho de Segurança sobre os resultados da investigação.

Os dados e informações que os inspetores começaram a recolher segunda-feira (26) baseiam-se "não só em amostras [físicas], mas também em entrevistas com testemunhas", e vão permitir construir "uma narrativa baseada em fatos" para tentar reconstituir o que de fato ocorreu no dia 21 de agosto, disse na quinta-feira (29) o porta-voz da ONU, Farhan Haq.

Segundo números dos serviços secretos dos Estados Unidos, divulgados sexta-feira (30) pelo secretário de Estado John Kerry, o ataque com armas químicas causou a morte de 1.429 pessoas, incluindo 426 crianças.

O relatório final dos peritos será distribuído a todos os Estados-Membros da ONU.

Com informações da Globo News e Agência Brasil
Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário