O conhecimento é um tesouro, mas a prática é a chave para alcança-lo. (Thomas Fuller)

domingo, 15 de setembro de 2013

Disputa por ‘futuro garantido


“Concurso público virou uma guerra”. A cada edital publicado, a cada certame previsto, a cada oportunidade, uma legião de pessoas se mobiliza: 20, 50, 200, 300,  900, mil candidatos concorrendo para uma só vaga. É nesse ponto que a frase acima dita pelo administrador Celso Adriano, 23, jovem concurseiro, ganha significado.  É hora de se preparar e estudar. Para se ter uma ideia, há 29.244 vagas disponíveis para cargos públicos em todo o país, e o número aumenta a cada dia, contemplando nível fundamental, médio superior e técnico. As remunerações variam de pouco mais de um salário mínimo até quase R$ 20 mil e é essa estabilidade financeira que atrai tanto, segundo concurseiros e professores especialistas.

De acordo com a Folha Dirigida, considerado o melhor site quando o assunto é concurso público, cargos para nível superior são o que proporciona maiores oportunidades. De acordo com a página da Folha Dirigida, são 16.205 vagas disponíveis para quem possui diploma de terceiro grau. Nível técnico, médio e fundamental possuem, respectivamente, 2.920, 4.763 e 5.156 vagas.

Professor Tiago de Melo diz que o concurso do momento é o da PF
No caso de Celso Adriano, um emprego de nível médio é seu foco no momento. Entrar para o funcionalismo público é seu objetivo. O concurso da Polícia Federal, que ainda nem teve o edital publicado – provavelmente isso acontece até novembro deste ano – é o atual escolhido pelo administrador formado no final do ano passado. “A Polícia Federal é um órgão sonhado por todo mundo. É um órgão muito bem visto, como o Ministério Público, e pela importância dela seria muito bom trabalhar lá”, disse Celso.

Celso Adriano trata a busca por uma carreira pública como uma verdadeira batalha. Não é difícil perceber na fala do jovem palavras como “labuta”, “batalha” ou “guerra”. É o conceito de hoje, segundo ele afirma. “Concurso virou uma guerra, então quanto mais tempo você puder se dedicar, melhor”, afirma. E para essa guerra são quase dez horas diárias  de treinamento intensivo. Em média são entre seis e oito horas de estudo diárias.

“Cada concurseiro tem um método de estudo. Eu particularmente busco mesclar aulas presenciais com horas de estudo em casa. Atualmente consigo vir ao IAP de manhã e à tarde, e à noite fico em casa estudando. E quando preciso venho aqui na biblioteca do cursinho buscar algum material e estudar”, destaca Celso, que estuda no IAP Cursos. Inclusive, ele assistia à aula de administração financeira em meio a uma sala lotada.

Esse já é o quinto certame do jovem. Ele diz que já fez provas da Ministério Público da União;  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e Ministério da Saúde. O último que se aventurou foi o da Assembleia Legislativa, ocorrido no último dia 1º de setembro e que mobilizou mais de 28 mil candidatos. No caso da PF, carreira almejada pelo rapaz, são 566 vagas para a função de agente administrativo do órgão e a expectativa é que sejam seis vagas destinadas para o departamento potiguar.

Para o professor de Informática para concursos e diretor do cursinho Point dos Concursos, Tiago de Melo, a disputa escolhida por Celso é a grande “sensação do momento”, mesmo ainda não tendo saído o edital. Apenas uma publicação no Diário Oficial da União garante a sua realização. Mesmo assim, a simples perspectiva já movimenta concurseiros e cursinhos de todo o país. “É um concurso para nível médio e é da PF. A PF não chama mais gente desde 2004 e o salário é bom; o inicial é de R$ 3.689,77. Por isso esse é o grande concurso do momento”, avalia o professor.

Fonte: Tribuna do Norte -  Felipe Galdino - Repórter

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