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Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (OSUFRN) conta com 53 músicos, todos estudantes dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação da Escola de Música da UFRN |
Prestígio em alta e um reconhecimento cada vez maior são
características muito marcantes da atual fase da Orquestra Sinfônica da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (OSUFRN). Levando música de
qualidade a locais que antes não tinham contato com essa arte e formando
um público fiel e mais presente aos seus concertos, o conjunto estreou
recentemente o espetáculo “Vinícius – uma canção pelo ar”.
Homenagem ao centenário do poeta e compositor Vinícius de Moraes, o concerto reconstrói a história do Poetinha, como era conhecido o artista, a partir de suas canções. Apresentado pela primeira vez em Currais Novos, no mês de outubro, e com shows em dezembro, em Mossoró e Caicó, o espetáculo teve seu maior público na Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura da UFRN (CIENTEC).
“Nada se compara à energia do encontro com a comunidade”. Assim André Muniz, maestro da Orquestra Sinfônica da UFRN, define a sensação de tocar para um grande público, fato que vem se tornando mais comum nos últimos três anos, após parceria com o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (SESC-RN).
Desse convênio surgiu o projeto Parcerias Sinfônicas, que, além de Vinícius de Moraes este ano, homenageou, em 2011, diversos artistas da MPB e, em 2012, dedicou um espetáculo inteiro a Luiz Gonzaga, um dos maiores representantes da cultura nordestina. Dessa forma, o conjunto promoveu o encontro entre erudito e popular, unindo seus arranjos orquestrais a vozes conhecidas na cena musical de Natal como Khristal, Camila Masiso e Hilkélia.
Homenagem ao centenário do poeta e compositor Vinícius de Moraes, o concerto reconstrói a história do Poetinha, como era conhecido o artista, a partir de suas canções. Apresentado pela primeira vez em Currais Novos, no mês de outubro, e com shows em dezembro, em Mossoró e Caicó, o espetáculo teve seu maior público na Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura da UFRN (CIENTEC).
“Nada se compara à energia do encontro com a comunidade”. Assim André Muniz, maestro da Orquestra Sinfônica da UFRN, define a sensação de tocar para um grande público, fato que vem se tornando mais comum nos últimos três anos, após parceria com o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (SESC-RN).
Desse convênio surgiu o projeto Parcerias Sinfônicas, que, além de Vinícius de Moraes este ano, homenageou, em 2011, diversos artistas da MPB e, em 2012, dedicou um espetáculo inteiro a Luiz Gonzaga, um dos maiores representantes da cultura nordestina. Dessa forma, o conjunto promoveu o encontro entre erudito e popular, unindo seus arranjos orquestrais a vozes conhecidas na cena musical de Natal como Khristal, Camila Masiso e Hilkélia.
A julgar pela reação das plateias nos concertos e pelos resultados
alcançados, o formato está agradando. O espetáculo Clássicos do Baião:
Tributo a Gonzagão, que emocionou milhares de pessoas no Rio Grande do
Norte e em outros estados, recebeu, em outubro deste ano, o Prêmio
Hangar de melhor show de 2012 segundo o juri popular. Pela segunda vez
consecutiva, a Orquestra da UFRN é contemplada pelo voto do público, já
que em 2011 foi da mesma forma.
Para André Muniz, tais premiações mostram que esses concertos da Orquestra têm, de fato, conseguido alcançar a população de uma maneira especial, conquistando um espaço nas lembranças de todos que assistiram às apresentações.
“Dizem que brasileiro não tem memória, mas a premiação aconteceu em outubro e a última vez que fizemos o espetáculo do Gonzagão antes da premiação foi em janeiro. Mesmo depois de meses, o show está na mente das pessoas. Isso significa muito para a orquestra”, afirma o maestro com entusiamo, percebendo uma aproximação entre o grupo e público.
Cibelle Thaíse, estudante que assistiu às apresentações na CIENTEC, aprovou o modelo. Segundo ela, é importante proporcionar a todos os públicos o acesso à música da Orquestra, além de dar vez a artistas locais. “Gostei muito do concerto, mais ainda com a participação de cantores da nossa terra. Espero ter a oportunidade de ver novamente espetáculos como esses.”
Para André Muniz, tais premiações mostram que esses concertos da Orquestra têm, de fato, conseguido alcançar a população de uma maneira especial, conquistando um espaço nas lembranças de todos que assistiram às apresentações.
“Dizem que brasileiro não tem memória, mas a premiação aconteceu em outubro e a última vez que fizemos o espetáculo do Gonzagão antes da premiação foi em janeiro. Mesmo depois de meses, o show está na mente das pessoas. Isso significa muito para a orquestra”, afirma o maestro com entusiamo, percebendo uma aproximação entre o grupo e público.
Cibelle Thaíse, estudante que assistiu às apresentações na CIENTEC, aprovou o modelo. Segundo ela, é importante proporcionar a todos os públicos o acesso à música da Orquestra, além de dar vez a artistas locais. “Gostei muito do concerto, mais ainda com a participação de cantores da nossa terra. Espero ter a oportunidade de ver novamente espetáculos como esses.”
Formação de público
No entanto, não é apenas
nos shows do Parcerias Sinfônicas em que a orquestra tem se aproximado
do público. Com audiências cada vez maiores, a relação entre o grupo e a
plateia se estreita sobretudo nos concertos realizados no auditório
Onofre Lopes, na Escola de Música da UFRN.
Um consistente
trabalho de formação de público vem se desenvolvendo nos dias de
concertos. Uma hora antes de cada apresentação, o maestro André realiza
uma palestra para descrever as obras que serão interpretadas, explicando
detalhes relacionados tanto a aspectos musicais como ao contexto
histórico e até filosófico no qual a criação das peças está envolvida.
“É
preciso entender como funciona uma orquestra, a música clássica e
erudita, sua composição e construção, porque ninguém gosta do que não
conhece”, afirma o maestro, ressaltando a resposta positiva obtida a
partir desse trabalho, já que os 250 lugares do auditório têm estado
preenchidos em todas as apresentações do grupo.
Seleção e repertório
Além
do investimento em formação de público, o sucesso deve ser atribuído à
qualidade artística do conjunto, um dos mais ativos em toda a região
Nordeste. A seleção dos músicos acontece anualmente com critérios nos
moldes das maiores orquestras do mundo.
Com audições cegas, para evitar que eventualmente a escolha seja baseada
em afinidades pessoais, os candidatos precisam executar peças
preestabelecidas em edital com absoluta precisão e sem manter qualquer
tipo de comunicação com a banca. Um teste não só técnico, mas
psicológico também.
Atualmente, a Orquestra Sinfônica conta com
53 músicos, todos estudantes dos cursos técnicos, de graduação e de
pós-graduação da Escola de Música da UFRN. Para manter o movimento
ascendente de qualidade, o conjunto cumpre uma rotina de ensaios de oito
horas semanais, distribuídas em três dias, além dos compromissos
individuais de cada componente com os estudos de seus instrumentos.
Outra
preocupação constante da Orquestra é o repertório. Na avaliação do
maestro André Muniz, a escolha das peças ensaiadas tem de ser feita de
maneira balanceada, de forma a unir o que a plateia anseia ouvir e o que
o conjunto deseja apresentar.
“Não se pode virar as costas para o
público. Tem de revisitar o passado, mas apresentar coisas novas. A
escolha do repertório não pode ser baseada apenas no gosto pessoal e nem
só na vontade da plateia, pela tendência dessa de gostar da repetição.
Há de se equilibrar essas forças”, explica André Muniz.
Fonte: Agecom UFRN
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